sexta-feira, 8 de outubro de 2010

O sexo é...


O sexo invade a "casa" que o amor seria. O sexo é contra lei, ele não depende do nosso desejo; nosso desejo é tomado por ele. Ninguém se masturba por amor, mas sim para ter o prazer do sexo. Ninguém sofre de tesão. O sexo é um desejo de apaziguar o amor. O amor vem depois do sexo. No amor, perdemos a cabeça, no sexo, a cabeça nos perde. O sexo tem como pensamento, grandes proibições, pecados, impossiveis... Não há fantasias permitidas. O sexo é o desejo de se satisfazer com a finitude. O amor pode atrapalhar o sexo, mas as vezes ajuda também. Mas o contrário concerteza não acontece. O amor é propriedade. Sexo é posse... Amor é casa, sexo é invasão de domicílio. Amor é o sonho por um romântico latifúndio, já o sexo é o MST. O amor é narcisista, mesmo quando fala em "doação", já o sexo é mais democrático, mesmo vivendo no egoísmo. O sexo pode ser amor e veneno - depende só da posição em que é usado.

O sexo é um esporte, que é estranho no inicío, mas conforme você vai praticando, você vicia e quer cada vez mais se "exercitar". O sexo não exije presença do "outro", o sexo, no mínimo, precisa de uma "mãozinha". Certos amores nem precisam de parceiros, florescem até, mas sozinhos, na solidão e na loucura. O sexo não, é bem mais realista, porque o sexo é uma bruta vontade de verdade. O amor é carnaval, você está sempre esperando ele chegar.

Nós não somos vítimas do amor, só do sexo. "O amor é uma selva de epiléticos" ou "O amor se não for eterno, não era amor"(Nelson Rodrigues). O sexo inventou a moral também do lado de fora de sua jaula, onde ele ruge, inventou a linguagem, corporal, se não foi ele, imagino que pelo menos tenha ajudado, inventou a eternidade, porque eu tenho certeza que ele será eterno, se não for, pobre dos que não tiveram a oportunidade de esperimentar. Eles dizem "Faça amor não, não faça guerra", o sexo quer guerra... O ódio mata o amor, mas o ódio pode acender o sexo. O sexo é altruísta, pois o amor é egoísta. No amor estão sempre tentando superar a morte. No sexo, a morte está ali, nas bocas... O amor fala muito, mas tudo leva a mesma conclusão. O sexo grita, geme, ruge, mas não se explica. O sexo sempre existiu, das cavernas do paraíso, até as haves 2020. Por outro lado o amor foi inventado pelos poetas do século XII( eu acho), e depois reciclado pelo cinema americano. O amor é literatura, "historinhas" intediantes. O sexo é cinema, tem emoção, ação... Amor é prosa, sexo é poesia. Dizem que amor é mulher, e sexo é homem, mas acho que estão muito enganados. O sexo concerteza é mulher, porque é impulsivo, gostoso, pode ser carinhoso e ao mesmo tempo muito grosseiro, sempre ficará na sua mente, por mais que negue. O homem é previsivel, vem para para te dar muito prazer, mas acaba com o seu coração... O sexo domado, é amor que protege a produção. O sexo selvagem é uma ameaça ao bom funcionamento do mercado. Por isso que a única maneira de controla-lo é programa-lo, mas não faça virar rotina, aí você o domará, faça só ter hora, mas ser o mais inesperado possivel.

Para o amor, temos que buscar a "grandeza". Já o sexo sonha com as partes baixas, oh se sonha... PERIGO DO SEXO É QUE VOCÊ PODE SE APAIXONAR, PERIGO DO AMOR É VIRAR AMIZADE. Com camisinha, há sexo seguro. Mas para o amor, não existe camisinha. O amor sonha com a pureza. O sexo precisa do pecado, da novidade, da surpresa. Dizem que o amor é revolucionário, pra mim o amor é careta, sexo é revolucionário, pois o que você conhece com ele... Só você fazendo para saber...

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