domingo, 8 de janeiro de 2012

Mundo real




A depressão vinha invadindo meus pensamentos, chegando devagar, sussurrando coisas em meus ouvidos e a tristeza ao seu lado de um jeito tímido, mas querendo o mesmo que a depressão queriam se apossar de minha mente. Mas por mais que essa fosse à melhor oportunidade de todas para elas, eu não me entregaria fácil assim, meu coração selvagem não seria domado dessa forma a morrer dentro de uma jaula e escura e sem vida. E com esse sentimento fui atrás que já não vinha a um tempo se repetindo na minha rotina, mas sinto que isso aconteceu, para lembrar que não gosto de rotinas. Então com a decisão de tirar a depressão e a tristeza que vinham me seguindo por todos os lados, fui me divertir, comecei a beber como normalmente fazia, dançando querendo esquecer o que me rodeava apenas com o som e deixando meu corpo ser levado pelo ritmo, fiquei assim por um bom tempo, até sentir mãos passarem pelas minhas costas, e num movimento abri os olhos vendo que conhecia o sorriso que esperava pelo meu também. Os olhos se encontrando, já logo denunciando tudo que veio a surgir em mentes que de pureza não possuíam nada a muito tempo. E o encontro foi explosivo, faiscante, foi tudo surgindo de uma forma tão fluente que nem os dois entendiam, mas ele surgiu na hora exata que eu precisava, fui logo chegando o mais perto possível que pude provocar de uma forma que nunca havia feito, pois era tudo que queria naquele momento, sentir aquele estado onde eu esquecia tudo. E a situação foi se encaminhando da forma como eu ia buscando que acontecesse, as mãos dele agora rodeavam meu corpo, enquanto as minhas agarravam sua nuca, seus lábios vermelhos das minhas mordidas, nossos corpos compartilhando um calor intenso que vinha se exalando pelo ambiente inteiro, a temperatura denunciava o desejo de um pelo outro, não havia como negar. E assim foi por longo até, até decidirmos que deveríamos da uma volta, o que eu mais queria naquele momento, terminar o que havia ido buscar naquela festa.

Nossa caminhada foi um pouco longa até chegarmos a um local discreto e tudo começou, e agora com uma intensidade três vezes maior do que antes, e quem disse que havia tristeza e depressão ao meu lado, elas já haviam parado de me acompanhar assim que saí daquela festa. Meu corpo agora queimando em desejo, aquela excitação que deixava meus olhos com chamas, podia devorar ele a qualquer momento e acho que ele sentia isso cada vez que o olhava nos fundos dos olhos. Podia sentir o cheiro de medo que o invadia, mas eu ia sabia o que fazer que acabasse forçando com que ele ficasse para terminar. Meu fôlego já não existia, meus movimentos eram rápidos e exaustivos, mas queria continuar. Até de repente sentir aquela ardência no rosto, como um tapa, não entendi muito bem o que estava acontecendo, não conseguia mais coordenar meus sentidos, apenas deixava meu corpo comandar. Então de novo, e mais uma vez e a única coisa que meu corpo conseguia fazer era reagir com arranhões. E assim foi até meu corpo ficar exausto por completo... Minha mente já não pensava mais em nada, e nem sentia a presença de ninguém apenas conseguia pensar em que adorava aquilo tudo. E assim a gente terminou e ainda conversamos e foi assim que meus pensamentos foram voltando ao normal, e percebendo que estava sem a calcinha, mas em uma roda com várias pessoas, fui recolocando a calcinha assim mesmo na frente de todos e me despedindo apenas com um tchau, até porque eu não estava com ninguém apenas havia feito tudo aquilo, pois precisava esquecer esse mundo real que só me faz lembrar que não sou nada nele.