terça-feira, 28 de setembro de 2010

Uma noite


Uma noite talvez esperada, mas muito bem guardada. Porém já programada. Eu pensava que tudo era programado, nunca seria tão bom, pelo fato de estar planejado. Me enganei. Por mais que o combinado era outro, como não dar bandeira e ser "do nada", apenas um foi seguindo o roteiro. Foi "do nada". Mas tão bom. Uma sala, com uma luz que fazia as roupas brilharem no escuro. Um sofá. Várias pessoas, algumas dançando e se divertindo, outras sentadas só cuidando. Em um momento que ninguém sabe como aconteceu, tudo esvaziou. Algumas pessoas já tinham ido embora, facilitando. As outras pessoas que habitavam aquele ambiente sairam de repente, uma a uma, com aquela musica tocando. Please, don't stop the music. Já era tarde. Se a musica parace naquele momento eu não iria me importar, se o mundo parace, se as pessoas congelassem, muito menos, e ao redor, tudo vazio, deserto, naquele ambiente escuro onde roupas de uma certa cor brilham, um sofá, que se falasse, meu deus, teria o que contar, não muita coisa, mais teria o que falar. Foram ouvidas duas coisas quando tudo ficou deserto, uma risada ansiosa e um "eu não acredito" dito bem baixinho e uma outra risada ironica com seu fundo malicioso cheio de intenções. Uma olhada pros lados, pra garantir. Um beijo. Rápido, perfeito. Com aquele temor de ser pego e aquela vontade consumida por um tempo. Menos de uma semana, pra ser exata. A experimentação de uma coisa nova está acontecendo. Antes, de tudo, tudo mesmo, umas passadas de mãos umas nas outras, como se aquilo fosse a ultíma coisa que tocariam naquele noite, sim, aquela noite. Uma noite esperada, totalmente imaginada, de várias formas e jeitos, por quem vós escreve. Que procurou todas as maneiras de fazer acontecer, mesmo não fazendo esforços ou forçando a barra, e também, mesmo, de começo, se esquivando um pouco, não sabendo o que iria acontecer, quando menos esperava. Quando é pra ser, vai ser. E foi mesmo. Mais que estava com medo, estava, naturalmente, de perder a oportunidade, de ser pega, de não acontecer, de dar tudo errado, Ao contrário. Foi tão bom. Tão diferente, intenso, perfeito, incomum, incorreto, proibido.

Se fosse programado, não seria tão perfeito. Foi programado. Mas foi em alguns pontos. Não saberia se tudo aquilo iria acontecer, as passadas de mãos umas nas outras, os beijos nas testas e na bochecha vindos "do nada" quando ninguém mesmo esperava, o olhar bem de perto ansioso, intenso, provocando e implorando para acontecer logo, os cíumes bobos por comentários mais bestas ainda, a "bandeira" que não deveriá ser mostrada mais estava completamente erguida ao alto, as provocações no sofá, as conquistas inocentes acompanhadas de olhares maliciosos de "para" mais querendo dizer implorar por mais, beijos provocantes no braço, no ombro, mordidas, de leve, só pra dar aquele gosto de quero mais, as ousadas, bem devagar e com seu fundo de malicia intensa, as fortes, pra deixar marca no outro dia. Os "quases", na frente de todos, as esquivações e tiradas de rosto. Provocações de tudo que é lado. Sem preocupações de esconder. Deveria??? Talvez. E em um certo momento, um comentário de lhares fofoqueiros, que naturalmente, achavam tudo estranho, que só recebeu como resposta um "não to nem aí". Novamente. Deveria??? Talvez.

As pessoas, que estavam por perto, pensaram tudo o que poderia pensar naquela noite. E daí??? Fomos felizes. Não fomos??? Curtimos o momento. Experimentamos uma coisa nova. Se existem loucuras boas, meus parabéns, experimentamos, uma. Se não esxistem, acabamos de inventar. Aliás reinventamos uma já existente. Não foi bom??? Sim, e como.

Se me perguntarem um dia ainda, qual foi o teu dia mais louco, ou um momento perfeito??? Eu diria que foi aquela noite, sim, aquela noite. E se perguntarem, o por que??? Eu pensaria bem, mas diria, eu não sei o que diria, talvez mentiria, mais só diria que aquela foi a noite, uma noite normal mais PERFEITA. Se continuarem a insistir, eu diria que não tem um porque exato, só é, e isto basta.

Uma noite que passou, que deve ser lembrada, de leve, antes que as consequências sejam grandes e a dependência e gostinho de quero mais, falem mais alto. Que deve ser guardada e comentada pra quem realmente merece ouvir, que não te julgue e nem encare de outra forma mais tarde ou quando te olhem. Já passou. Das duas uma, ou vai ser só mais um erro pra lista gigante ou uma experiência pra vida toda. Se alguém já descobriu a resposta??? Por favor, me avise. E antes de mais nada, aproveite as oportunidades que chegam até você e curta o momento sem se preocupar, se a consciência vai pesar mais tarde ou talvez uma dia. Aliás, a minha, não pesou ainda. E nem vai. Espero o mesmo.
Autor desconhecido...

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